O período de férias é sempre aguardado com expectativa e a alegria própria de quem pensa em descansar e em se divertir!
As férias são ainda momentos privilegiados para estar em família, o que curiosamente ocorreu durante cerca de 3 meses ininterruptamente… mas isso não foram férias, aliás, esteve muito longe de um período descontraído como se querem as férias!
Agora sim é hora de “voltar” à rua, à piscina, à praia, ao campo a tudo o que nos pode manter numa normalidade com novas regras e com novos desafios.
O verão é ainda um bom potenciador de novas amizades, aqueles amigos da praia que só vimos de ano a ano, aqueles com quem brincamos apenas sabendo o nome ou às vezes nem isso…. E agora será que podemos fazer amigos de verão? Será que podemos apanhar aquela onda juntos? Será que podemos fazer os mega castelos e piscinas de areia?
Sendo o distanciamento social uma condição importante para o não contágio pelo afamado vírus, tudo isto parece ficar suspenso…e assim será que as crianças se vão divertir? As questões socias e de relação tão importantes para o desenvolvimento estarão em causa? Com certeza que sim, pelo menos na forma como as conhecemos até aqui, há que reinventar novas formas de interação sem riscos físicos para a saúde, mas salvaguardando os possíveis riscos psicossociais. Façam-se 2 castelos de areia, sem partilha de utensílios, corra-se para o mar para ver quem apanha primeiro a onda, conviva-se salvaguardando a ausência de toque e a proximidade, mas mantendo a diversão para que assim as amizades de verão possam acontecer!
A possibilidade de reduzir a utilização de tablet e de smartphone e substitui-los por passeios ao ar livre, corridas na praia, voltinhas de bicicleta e tantos outros programas seguros que trazem a possibilidade de um real e saudável desconfinamento e de umas férias sem riscos e com momentos inesquecíveis, como se querem as férias!
Para que tudo corra na mais perfeita harmonia é fundamental que as crianças percebam a importância do cumprimento das regras e para isso talvez seja vantajoso um reforço da explicação para isso deixamos uma sugestão de um livro infantil que foi traduzido para português Trinka e João no Combate ao Grande Vírus desenvolvido pela Rede de Tratamento de Trauma Precoce a Universidade da Califórnia, em parceria com outras instituições que responde a várias perguntas como “porque não podemos ir a parques?”
Agora é só desfrutar deste período… BOAS FÉRIAS!
Dra. Andreia Martins
Psicóloga Clínica Clínica Navegantes
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